Uma das questões mais discutidas quando o assunto é comunidade é justamente o engajamento.
Para esclarecer esse assunto hoje e desmistificar o engajamento de uma comunidade, a Camilla Remota (gestora de comunidades e aluna do Portal Como Criar Comunidades) trouxe um artigo baseado em um vídeo da Izadora Barros, CEO da Commu.
Então, se esse assunto te interessa, continue lendo essa postagem que, com certeza, vai esclarecer bastante esse assunto.
Pensando nos criadores e gestores de comunidade, esse artigo vai te mostrar os pilares fundamentais para o engajamento de uma comunidade intencional e compartilhar com você os 7 pilares para construir o engajamento de uma comunidade.
Importante ressaltar que para termos uma comunidade intencional, não é só unir várias pessoas e inserir num grupo de Whatsapp para construir uma comunidade é algo que vai muito além do mero agrupar pessoas em uma plataforma.
Uma comunidade intencional é sobre senso de pertecimento, relacionamento, colaboração e confiança.
Uma comunidade intencional é mais sobre sentimento do que sobre a plataforma. É necessário que as pessoas possam se conectar nesse espaço e vai muito além da criação de conteúdo tal como conhecemos hoje nas redes sociais como o Instagram, o LinkedIn, o próprio YouTube, etc.
Se você já tem uma comunidade ou quer criar uma, você vai conhecer agora nesse artigo os 7 pilares para construir o engajamento de uma comunidade que vão te ajudar a entender se ela está saudável, estratégica e intencional porque é com base nesses pontos que o diagnóstico é feito. Caso a comunidade não esteja engajada, pode ser que algum dos tópicos esteja faltando.
Para ter uma comunidade engajada você precisa ter somado no mínimo 3 dos 7 pilares que vamos apresentar aqui.
Mas, antes disso, precisamos desmistificar o que é engajamento em uma comunidade.
O que é engajamento em comunidades intencionais:
Quando pensamos em engajamento, é comum fazer uma comparação com engajamento nas redes sociais – que é medido por likes, curtidas e comentários e é feito de forma unilateral, entre o usuário e o produtor do conteúdo e entre o produtor de conteúdo e os seus seguidores.
Por outro lado, o engajamento em uma comunidade intencional é uma forma mais profunda de interação, em que a empresa cria um espaço para os seus clientes e seguidores se conectarem e interagirem entre si, além de com a própria empresa. O engajamento na comunidade é mais sobre conexão do que sobre números, é mais sobre presença do que sobre telespectadores ao vivo.
Dito isso, vamos aos 7 pilares do engajamento em uma comunidade intencional.
Primeiro pilar – Plataforma
Vamos começar com algo que costuma ser polêmico quando o assunto é Comunidades.
Alguns dizem que certas plataformas já foram testadas e que não funcionaram. Na maioria das vezes, porém, o problema não é a plataforma, mas a falta de gestão de comunidade estratégica para que haja o acolhimento e educação dos membros. Acredite, a escolha de plataforma não será um problema. O mais importante é:
Analisar o seu objetivo como gestor/criador com essa comunidade e quem é sua persona e unindo esses dois você conseguirá definir a sua plataforma.
Para escolha de plataforma é importante levar em consideração fatores como:
- A persona
- O que eles gostam ou não
- O que eles esperam da comunidade
- O Propósito da Comunidade
No momento de escolher uma plataforma para a Comunidade, precisamos levar em consideração os hábitos dos membros. É um trabalho de pesquisa, curadoria e mapeamento contínuo e tudo isso precisa estar alinhado com as necessidades do seu nicho.
É preciso desenvolver a mentalidade de procurar pontos de conexão entre os membros na sua Comunidade. Por isso, a Persona é um fator importante. Deixar essa parte de lado ou muito ampla pode acabar dificultando esse processo de estruturação e implementação da experiência de comunidade na plataforma.
Segundo pilar – Persona
A persona é muito importante para estruturar uma comunidade intencional. Para isso, definimos até 3 delas e nesse processo levamos em consideração seus gostos e comportamentos. Quanto mais específico for o nicho tendencialmente seremos mais assertivos nas experiências que mais podem combinar e gerar identificação entre os membros.
Terceiro pilar – Necessidade
Toda comunidade existe para suprir as necessidades de um determinado grupo de pessoas com objetivo em comum.
Para ter a percepção do que seriam essas necessidades existem algumas perguntas que precisam ser respondidas com clareza, dentre elas:
- Qual necessidade da minha persona essa comunidade vai suprir?
- Existe a necessidade dessa comunidade existir?
- O que melhora se a minha comunidade existir?
- O que fica ruim se a minha comunidade deixar de existir?
Você também pode se aproximar mais dos membros para entender o que eles esperam dela.
Quarto pilar – Propósito
O propósito deixa claro o objetivo desse espaço seguro e colaborativo e qual é a transformação que essa comunidade intencional vai gerar.
O propósito é o seu guia e é ele que vai reforçar a educação do seu membro sobre a intenção desse espaço para educar o comportamento dos membros.
Quinto pilar – Liderança
Um líder de comunidade engajado e colaborativo atua diretamente de forma positiva na experiência da Comunidade. O que percebemos na gestão de comunidades é que o perfil do líder influencia diretamente no comportamento esperado na Comunidade.
No mercado de infoprodutos o líder de comunidade pode ser chamado de Expert e percebemos a sua influência na Comunidade, pois ele é como se fosse um exemplo de regulador de conduta dos membros na Comunidade.
É necessário educar os líderes de comunidade (experts) para que eles entendam que seus comportamentos e suas falas tenham influência no comportamento e nas falas dos seus membros. Ele possui um papel primordial porque as pessoas repetem muito mais o comportamento do líder do que o gestor de comunidade (afinal, os membros entraram na comunidade por uma conexão com o líder). Por isso, é fundamental que ambas as partes saibam se relacionar bem para que as estratégias de comunidade possam ter seus efeitos potencializados através da presença intencional e estratégia desse líder na comunidade.
Sexto pilar – Gestão de comunidade estratégica
O papel do gestor de comunidade é de acolher e educar para agregar valor na experiência de comunidade para os membros. Além de ensinar sobre a plataforma e o onboarding, esse profissional fica responsável por facilitar a conexão entre os membros.
Um líder de comunidade precisará de um gestor de comunidade para dar conta das demandas desse espaço seguro, pois ele tornará possível a manutenção da comunidade para que ela possa crescer de forma saudável para atender as necessidades dos membros
Sétimo pilar – Relacionamento
Por último e não menos importante temos o relacionamento como um pilar extremamente importante para o engajamento de uma comunidade intencional.
Cuidar e conectar as pessoas será fundamental para o crescimento da comunidade para que os membros possam se conectar uns com os outros através deste espaço colaborativo.
O gestor de comunidade pode promover rituais de encontros online e/ou presenciais com a finalidade de estreitar ainda mais os laços de conexão e relacionamento entre os membros.
O networking e o reconhecimento gerado através do relacionamento faz com que os membros possam engajar ainda mais no propósito da comunidade.
Gostou desse artigo?
Ele foi inspirado no vídeo que está disponível no canal da Commu e você pode assistí-lo aqui embaixo:
Sobre a autora:
Camilla Remota
Meu nome é Camilla e eu me descobri como Gestora de comunidade em 2020 quando recebi o desafio de gerenciar comunidades de lançamento.
Sou aluna do Portal Como Criar Comunidades e desde então sigo com a minha missão de ajudar negócios a se tornarem cada vez mais sustentáveis e escaláveis através das comunidades digitais.
Além de gerenciar comunidades na internet, sou uma apaixonada pelo trabalho remoto, experiência do cliente e design de produto. Estou sempre disponível para um café com comu e pronta para ajudar a pulsar negócios através das comunidades sempre que for possível 🙂
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