Antes de nos aprofundarmos sobre o tema deste artigo vamos precisar entender primeiramente sobre:
O que faz um Gestor de Comunidade numa comunidade intencional?
Já fizemos um post aqui no blog destrinchando esse assunto que você pode ler clicando aqui.
De toda forma, de maneira resumida, o papel do gestor de comunidade é cuidar da comunidade, atuando em cima de tudo aquilo que é necessário para uma comunidade ser um espaço acolhedor, seguro, engajado, colaborativo e que gere conexões.
Agora que você já sabe qual é o papel de um Gestor de Comunidade em uma comunidade intencional, podemos partir para como esse profissional pode medir os resultados construídos nesse espaço da comunidade.
Em um dos tópicos mais comentados recentemente na comunidade do Portal Como Criar Comunidades, recebemos uma discussão muito rica sobre o tema deste artigo.
Como o Gestor de Comunidade pode mensurar os resultados de uma Comunidade intencional?
“Todas as vezes que compro uma nova formação online (por exemplo), a primeira coisa que me questiono é: Como o criador pensou o uso desse ambiente para que os alunos conseguissem extrair o potencial de transformação que há nele? E entendo que o mesmo raciocínio pode ser levado para uma comunidade intencional.
Ser intencional, ao fim ao cabo, exige um resultado. E quando digo resultado, seria algo de fato mensurável, de transformação e etc.
EX.: Qual a intenção? Sanar essa dor.
Como eu meço que eu sanei essa dor?
Qual a sugestão do caminho para que isso aconteça?
(Direcionamento> que gera acolhimento> que gera pertencimento>que gera colaboração> que gera capacitação > que gera transformação > que gera o resultado.)
Obviamente que esse ecossistema não pode ser engessado. Mas, que se ignorado tende a perder o objetivo pelo qual ele foi motivado.
Essa é uma das questões mais comentadas e umas das dúvidas mais frequentes entre gestores de comunidade. Inclusive, é uma das questões mais abordadas por clientes ou potenciais clientes de um Gestor de Comunidade.
1) Precisamos entender que a comunidade é um organismo vivo em constante movimento e que os membros são agentes ativos nesse processo de criação e gestão de uma comunidade.
“ A inteligência da comunidade serve como uma bússola para entender o caminho que a comunidade está sendo levada. Eu adoro trazer a reflexão sobre warm data (ou dados quentes), pois para mim são eles que vão ajudar a entender uma comunidade muito mais do que números de mensagem, likes, etc.
E também temos que ficar pacificados de que não vamos conseguir capturar todos os dados que gostaríamos idealmente. Com certeza vai acontecer muita troca, conexão, resultados potentes vindos de uma comunidade, mas que não foram reportados ali ou em qualquer conversa ou pesquisa.
Voltando um pouco para a parte que fala sobre iniciar a comunidade, aí também entra a importância do diagnóstico e, principalmente, conversar com os membros (ou possíveis membros) para entender as necessidades deles desde o princípio e ter um propósito bem definido para entender a direção que vão seguir em conjunto. E ir ajustando com o tempo. Esse é o grande poder da comunidade intencional, ser um espaço seguro para ter um feedback real e constante”.
Trecho retirado de um dos alunos do Portal Como Criar Comunidades.
2) O resultado da comunidade pode ser norteado pelo cumprimento de seu propósito:
A transformação que a comunidade gerencia pode ser metrificada pelo propósito.
Qual é o propósito dessa comunidade? O que ela promete?
Às vezes é bem palpável, como uma comunidade que gerencio que é “Faturar 100 mil reais através de um produto conectado ao seu propósito de vida”.
A comunidade vai ajudar a acelerar esse faturamento através das trocas compartilhadas.
Trazendo pro Portal, temos como objetivo “capacitar gestores e criadores de comunidade” e a comunidade entra com o propósito de “ser um espaço seguro que acelera a capacitação e crescimento do gestor e criador através de conexões e colaborações”.
Sendo assim, considero que o objetivo da comunidade esteja sendo cumprido sempre que vocês abrem essas conversas aqui e saem de um ponto A para um ponto B através das reflexões do coletivo.
3) Saber fazer as perguntas certas através de pesquisas na Comunidade:
Existe uma pesquisa que avalia o SENSO DE PERTENCIMENTO na comunidade. Além do uso de pesquisa NPS, uma pesquisa mais qualitativa nos entrega muitas informações para sermos ainda mais estratégicos em nossas ações.
Quão bem cada uma das seguintes afirmações representa como você se sente sobre esta comunidade numa escala de 1 à 6.
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Esta comunidade possui símbolos e expressões de identidade?
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Me encaixar nessa comunidade é importante para mim?
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Esta comunidade tem bons líderes?
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Espero fazer parte desta comunidade por muito tempo?
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Esta comunidade pode influenciar outras comunidades?
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É muito importante para mim fazer parte desta comunidade. Eu tenho influência sobre como esta comunidade é?
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Os membros desta comunidade compartilharam eventos importantes juntos, como feriados, comemorações ou desastres?
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Posso reconhecer a maioria dos membros desta comunidade?
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Eu coloquei muito tempo e esforço para fazer parte desta comunidade?
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Sinto-me esperançoso sobre o futuro desta comunidade?
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Os membros desta comunidade se preocupam uns com os outros?
Fonte: Community Science
4) Analisar os dados apresentados pelas plataformas de comunidade e coletar as informações da facilitação online (gestão dos encontros online ou presenciais realizados em torno da comunidade).
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O número de participantes do evento;
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O número de participantes na plataforma;
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O número de novos assuntos na comunidade;
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O número de vezes que se manifestou na comunidade;
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Quanto tempo o assunto rendeu na comunidade;
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Quantas conexões viraram negócios. O importante é definir as métricas e ir acompanhando mensalmente o crescimento ou diminuição da sua comunidade.
Para avaliar engajamento, você pode fazer essa conta:
Agora que você já conhece um pouco mais sobre as métricas que um gestor de comunidade é capaz de mensurar em uma comunidade intencional, vamos finalizar este artigo com uma reflexão que vai muito além das métricas e que é um dos princípios que seguimos quando o assunto é uma comunidade intencional.
Comunidades também envolvem números e dados, mas uma das principais métricas a ser mensurada em uma comunidade é:
Uma das métricas mais importantes de uma comunidade é a conexão entre os membros.
Quanto mais nos dedicarmos em facilitar a conexão entre os membros, maiores serão os resultados da comunidade no longo prazo.
O Gestor de Comunidade possui um grande desafio em encontrar meios que os permitam mostrar o valor da conexão como uma métrica quantidade, pois ela é essencialmente uma métrica qualitativa poderosa e de muito resultado.
Por isso, o papel do Gestor de Comunidade é ainda mais fundamental, pois ele é capaz de aplicar estratégias para viabilizar a construção das conexões numa comunidade atuando como um facilitador para que os membros possam se conectar.
Gostou desse artigo? Comente qual é a sua maior dificuldade ao metrificar resultados numa comunidade?
Sobre a autora:
Camilla Remota
Meu nome é Camilla e eu me descobri como Gestora de comunidade em 2020 quando recebi o desafio de gerenciar comunidades de lançamento.
Sou aluna do Portal Como Criar Comunidades e desde então sigo com a minha missão de ajudar negócios a se tornarem cada vez mais sustentáveis e escaláveis através das comunidades digitais.
Além de gerenciar comunidades na internet, sou uma apaixonada pelo trabalho remoto, experiência do cliente e design de produto. Estou sempre disponível para um café com comu e pronta para ajudar a pulsar negócios através das comunidades sempre que for possível 🙂
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